
Okja é uma história forte e emocionante sobre amizade, ganância e como nossas escolhas pesam num mundo onde empresas mandam. Dirigido por Bong Joon-ho, o filme mostra a aventura de Mija, uma garota que vive numa montanha na Coreia do Sul com o avô dela, cuidando de Okja, um bicho gigante e manso criado num experimento secreto de uma empresa enorme. Só que pra Mija, Okja não é experimento nenhum, é a melhor amiga dela, companheira desde pequena, parte da família.
Uns dez anos antes, a Mirando Corporation tava tentando limpar a barra depois de dar uns problemas com o meio ambiente e umas acusações feias. Aí inventaram de anunciar os superporcos, que diziam ter achado na natureza, e mandaram eles pra vários países pra criarem eles soltos e ver qual era o melhor. Só que era tudo mentira pra esconder que queriam transformar os bichos enormes em carne barata pra vender no mundo todo. A Okja foi um desses porcos, e a Mija adotou ela e criou ela feliz da vida nas florestas da Coreia do Sul.
O mais legal do filme é a amizade da Mija e da Okja. Elas fazem tudo juntas: nadam, andam pelas montanhas, cuidam uma da outra. O filme mostra isso de um jeito bem fofo, mostrando que a Okja é esperta, sensível e carinhosa. Mas a alegria acaba quando o pessoal da Mirando chega pra ver qual o superporco que se deu melhor. A Okja, grandona e saudável, é escolhida na hora pra ir pra Nova York, virar troféu e depois virar comida.
Quando a Mija descobre que o avô dela assinou uns papéis deixando levarem a Okja – achando que ia ganhar dinheiro pra cuidar da neta – ela fica desesperada. Aí ela resolve ir atrás da amiga e entra numa fria, saindo da montanha pra encarar um mundo que ela nem conhece. Sem grana, sem saber o que fazer e sem ninguém pra ajudar, ela enfrenta um sistema gigante que acha que ela é só uma menina chata que não entende como as coisas funcionam.
No meio dessa busca, a Mija conhece o ALF (Frente de Libertação Animal), um grupo que luta pra salvar os animais e mostrar as coisas ruins que a indústria alimentícia faz. O chefe deles, o Jay, vê na Okja uma chance de mostrar o que a Mirando faz de verdade. Mas, mesmo querendo o bem, os ativistas ficam pensando se vale a pena usar a Mija e a Okja pra conseguir o que querem. Só que a menina só quer saber de salvar a amiga, não liga pra política nem pra grandes causas – e vai fazer o que for preciso.
Enquanto isso, lá em Nova York, a Mirando – comandada pela doida da Lucy Mirando – prepara um show pra mostrar a Okja como o símbolo de uma empresa boazinha e preocupada com o meio ambiente. Mas por trás disso tudo, eles têm um matadouro gigante onde um monte de superporcos vivem presos e morrem. O filme não esconde nada e mostra como são cruéis, mostrando como as pessoas viram as costas pra tudo isso pra poder comer.
A história fica mais tensa quando a Okja chega lá, assustada, maltratada e diferente por causa do que fizeram com ela. Ela tenta fugir, corre pelas ruas, e os ativistas brigam com a polícia e os seguranças, deixando a Mija ainda mais desesperada. Mas ela não desiste, porque o amor dela pela Okja é mais forte que tudo.
No final, a Mija invade o matadouro onde vão matar a Okja. O lugar é horrível: um monte de porcos presos chorando, gritando e tentando sobreviver. É uma cena de dar nó na garganta, mostrando o que a indústria esconde da gente. No último segundo, quando parece que não tem mais jeito, a Mija oferece pra Lucy Mirando uma coisa que ela guarda desde pequena, como se fosse uma moeda que vale promessa e gratidão. Aí a Lucy deixa ela levar a Okja embora.
Só que a cena de ir embora é de partir o coração: quando saem do matadouro, a Okja e a Mija passam por um monte de porcos que vão morrer ali. Um deles empurra o filhote pra fora da cerca, pedindo pra Mija levar ele junto. Ela não pode salvar todo mundo, mas salva pelo menos um. É uma coisa pequena, mas que mostra como a gente pode ser bom.
O filme acaba onde começou: nas montanhas. A Mija, a Okja e o filhote vivem em paz de novo – uma paz meio frágil, porque eles sabem que o mundo continua ignorando o que acontece de verdade. Okja termina como um aviso forte, pra gente pensar em como a gente trata os animais, o que a gente come, o que a gente compra e em como vale a pena proteger as amizades, mesmo quando ninguém mais liga.
Onde Assistir Okja
No momento, dá para assistir Okja na Netflix.
Curiosidades
Produção Internacional
Apesar de ter o sul-coreano Bong Joon-ho na direção, Okja é uma produção que junta os Estados Unidos e a Coreia do Sul, com atores dos dois países e cenas rodadas em vários lugares.
Controvérsia em Cannes
O filme causou bastante discussão no Festival de Cannes por ser da Netflix. Isso fez o pessoal pensar sobre o futuro do cinema e como as plataformas de streaming estão entrando nos festivais mais tradicionais.
Efeitos Visuais Incríveis
Okja foi feita com computação gráfica de última geração. A equipe se esforçou ao máximo para que a criatura parecesse de verdade, com peso e jeito de se mexer realistas – isso era muito importante para emocionar o público.
Crítica Social
O filme manda um recado forte sobre a indústria de alimentos e o consumo de carne, mostrando coisas como a crueldade com os animais, a manipulação das empresas e a ética na alimentação.
Elenco Estrelado
No filme, tem gente famosa como Tilda Swinton, Jake Gyllenhaal, Paul Dano, Lily Collins e Steven Yeun – todos fazendo personagens esquisitos e que marcam a gente.
Diretor com a Sua Cara
Bong Joon-ho já era conhecido por misturar estilos de filmes, mas Okja chamou a atenção por juntar aventura, comédia e drama com críticas à sociedade, como ele já tinha feito em Parasita e O Hospedeiro.
Treino com Bichos de Verdade
Para as cenas com Okja parecerem mais naturais, os atores trabalharam com dublês e objetos de verdade no set, o que ajudou eles a interagirem de forma realista com o bicho digital.
Ideia Pessoal
Bong Joon-ho falou que a ideia de Okja veio de uma mistura da sua curiosidade por animais diferentes e da vontade de falar sobre como a gente lida com o consumo e a indústria de alimentos.